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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Um tipo de Mágica

Quando o assunto é criatividade a política econômica brasileira se supera a cada dia; as formas de financiar o (insustentável) gasto público se mostram cada vez mais inusitadas e beiram a total irresponsabilidade administariva e bom senso.
 
Imagine que um amigo parta numa viagem internacional no estilo "mochilão" com data de início mas sem data de regresso. Este amigo se desfez de grande parte dos bens para financiar a viagem mas lhe pediu para guardar uma Bicicleta no seu apartamento neste período sabático. Na melhor das intenções você aceita prestar este serviço de custódia e ainda se compromete a manter os pneus calibrados e correias lubrificadas. O amigo se despede e você fica com a tutela (porém não a posse) da "magrela" durante o prazo do mochilão.
 
Alguns meses se passam e você mantém a tarefa missionária de garantir intacta a bibicleta do colega porém começa a desconfiar do retorno deste. Ele não responde mais as mensagens no Facebook, você não vê fotos postadas no Instagram e começa e assume que ou algo muito bom aconteceu com o colega como por exemplo encontrou o amor da vida numa ilha deserta ou continente distante e resolveu se desconectar do mundo material ou mesmo algo terrível como um acidente que o levou dessa para uma melhor.
 
Seu apego àquela bicicleta aumenta mais e mais com o passar dos dias; dada a falta de notícias do amigo você decide utilizá-la para ir ao trabalho e se exercitar aos finais de semana com um grupo de ciclistas do bairro. Num desses domingos ensolarados um dos colegas de pedalada lhe pergunta se você não deseja vender a bicicleta. O valor ofertado é bem interessante e um dinheiro extra sem "esforço" viria bem a calhar para equilibrar o orçamento ou mesmo para realizar uma reforma no apartamento. Depois de muito pensar você fecha o negócio e volta para casa feliz da vida e com uns "trocados" no bolso.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Refrão de um Bolero

Há frases que proferimos ou atos que praticamos na nossa vida que podem nos deixar em situação constrangedora. Tomando como exemplo a música, hoje vivemos na Era do Sertanejo Universitário e do Funk Ostentação porém não há muito tempo era comum ver em festas pessoas descendo na boquinha da garrafa ou segurando o tchan.
 
Há alguns anos tive a oportunidade de assistir ao stand up do icônico Serginho Malandro; lá pelas tantas ele diz não entender como foi laureado com um Disco de Ouro (40 mil cópias vendidas segundo critério da ABPD) cantando "bilu bilu bilu tetéia"...a conclusão dele é que as pessoas ou usavam o Disco como Decoração ou eram surdas por consumir algo de tão baixa qualidade.
 
O ponto é que certos fatos que uma pessoa ou grupo de pessoas consideram interessante numa época podem deixar de ser em outra a ponto de olharmos para atrás com constrangimento pela forma que pensávamos ou agíamos; esse é o chamado efeito "Meu Passado me Condena".
 
Se houvesse uma competição para medir tal efeito Dilma Roussef seria de longe a campeã mundial e teria todos os recordes possíveis e imagináveis.

No saudoso ano de 2005, ainda Ministra Chefe da Casa Civil e longe de ser a principal carta no Baralho PTista para a corrida presidencial Dona Dilma considerou Rudimentar um Plano de Ajuste Fiscal de Longo Prazo. A entrevista mostra uma Dilma convicta e até mesmo arrogante no seu tosco raciocínio econômico que em alguns trechos chega a ser hilária a ponto de competir com o stand up do Serginho Malandro. Para o leitor que não tiver paciência de ler todo o documento segue abaixo alguns trechos que destaquei:

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Uma Bela Mentira

"Não vamos colocar uma meta, deixaremos em aberto e, quando atingirmos ela, nós dobraremos a meta" - Dilma Vana Roussef
 
Frases como esta de dar inveja aos pensamentos de Filósofos Gregos como Sócrates ("Só sei que nada Sei") ou Platão ("A parte que ignoramos é muito maior que tudo qunato sabemos")  são frequentemente proferidas pela atual Presidenta.
 
Sem entrar no mérito dos confusos pensamentos de Dilma gostaria de destacar a confusão do seu Governo como um todo quando se fala de Meta.
 
No final de um ano as pessoas em geral costumam fixar metas para o próximo ano; as mais comuns em geral são Perder Peso, Economizar, Parar de Fumar e Passar mais tempo com a Família. Em 2014 a Universidade de Scranton listou as principais Metas para o Ano Novo e constatou que na amostra pesquisada apenas 8% conseguiram atingir os objetivos fixados.
 
Mas por que será que apesar da baixa taxa de sucesso as pessoas em geral constumam realizar as mesmas promessas?
 
Talvez a resposta para esta pergunta esteja no campo da Psicologia porém podemos traçar alguns paralelos com as mirabolantes ideias do Governo para (des)cumprir a Meta de Superávit Primário

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Meu Erro

A cada dia que passa fica mais claro que passamos por um período ímpar na história brasileira. Quando vemos a Presidenta da República filiada ao PT (apesar de grande parte do Partido tentar não associá-la à sigla) defender o Aumento de Impostos e uma Reforma na Previdência com elevação da idade mínima para Aposentadoria fica claro o tamanho do estrago orquestrado pela trinca de Economistas Dilma, Arno Augustin e Guido Mantega resumida como a Nova Matriz Econômica (apesar destes não admitirem a Paternidade ou mesmo a existência dela).
 
As vaias enfrentadas pela Presidenta demonstram a dificuldade e hercúlea tarefa em reverter o estelionato eleitoral de 2014 onde a propaganda do mesmo PT mostrava um Brasil sólido para o qual o Ajuste Fiscal seria coisa dos Liberais que iriam tirar o alimento da mesa do Trabalhador Brasileiro.
 
Parte de mim tenta reconhecer algum sinal de inteligência em Dilma Roussef por "antes tarde do que nunca" reconhecer que é necessário limpar a sujeira que a Trinca referida acima produziu e assim enfrentar o Congresso com propostas políticamente indigestas mas sem dúvida necessárias. Adicionalmente é digno de nota que ela tenha feito isto contrariando a vontade de vários dos caciques PTistas; hastear a Bandeira CPMF + Reforma da Previdência é mexer num vespeiro dos grandes e inevitavelmente se expor ao Fogo Amigo de uma Base Aliada cada vez mais frágil.
 
Como é de praxe neste blog sempre associo os textos à alguma música e neste contexto o discurso de Dilma remete as palavras de Herbert Viana e os Paralamas do Sucesso. Seria possível parafrasear quase a totalidade da música título deste post para o discurso da Presidenta no congresso mas alguns são bem emblemáticos como:
 
"Eu quis dizer você não quis escutar"
"Agora não peça não me faça promessa"
"Que vai ser diferente, que tudo mudou"
"Você diz não saber o que houve de errado"