Em meados de abr/15 Samuel Pessôa escreveu o artigo Por que não somos japoneses. Na época Leda Paulani num deslize que se
observa em pessoas que defendem cegamente uma tese porém
não empenham algumas horas de esforço para analisar e criticar dados
básicos soltou a pérola:
"Qual é o problema de um país
como o Brasil, pobre ainda, tendo de se construir como nação, fazer um deficit
público de 6,7% do PIB? Por que o Japão pode ter 9% de deficit nominal e
ninguém acha que o Japão está quebrado, acabado, destruído, descontrolado, sem
condição?"
Os argumentos de Samuel para o
perplexo questionamento de Leda destacaram indicadores da
Baixa Demanda Agregada no Japão como a Inflação e Taxa de Juros próximos à Zero
enquanto aqui em Terras Tupiniquins temos uma Inflação Elevada e uma Taxa
de Juros Reais das mais altas do mundo.
Passados cerca de 9 meses o panorama
não mudou muito, o Japão continua sofrendo com a Baixa Demanda Agregada e nós
Brazucas com uma Inflação que não cessa mesmo com o Agravamento da Recessão
Econômica.
Uma atitude recente que também
demonstra diferenças entre Brasileiros e Japoneses está no comprometimento da
Autoridade Monetária (Banco Central) em tomar as medidas necessárias
para alcançar uma Meta de Inflação.
Enquanto o Bank of Japan (BOJ) em decisão
inédita colocou a Taxa de Juros no terreno
negativo (- 0.1%) como uma mostra do seu compromisso em combater o fantasma da
Deflação que assola o Japão, Tombini e seus bluecaps resolveram manter a SELIC em 14,25% a.a. mesmo após afirmar que adotaria
as medidas necessárias para trazer a inflação para meta em 2016.