O Ex Presidente da República (no comando de 2003 a 2010) afirmou que o Rebaixamento da Nota de Crédito do país não significa nada. Curiosamente quando o Brasil teve sua Nota de Crédito elevada para o pomposo Grau de Investimento o mesmo Presidente não tardou em afirmar que o país "vivia um momento mágico" e que a partir de então fora declarado "um país sério".
Tentar entender o comportamento político sob a lupa do Economista é uma tarefa hercúlea mas não deixa de ser curioso notar como uma mesma notícia pode ter sua relevância alterada dependendo do resultado auferido. Se o dividendo político é positivo direcionam-se todos os holofotes e se forem negativos os fatos são jogados para escanteio e vistos como insignificantes.
Como triste ressalva este fato não se restringe ao atual partido que comanda o país mas parece ser um comportamento disseminado entre parcela majoritária dos nossos representantes políticos que agem de tal forma sob a hipotese de que o eleitor possui memória curta.
O rebaixamento significa muitas coisas como por exemplo maior custo de captação de para todas as empresas dos país, saída de capital estrangeiro (muitos investidores por normas regulamentares não podem manter capital em países sem o Grau de Investimento), maior desvalorização do real perante o dólar e moralmente joga a "última pá de cal" nos planos do Governo Federal de recuperar a credibilidade do país no cenário internacional.
PIB em queda por dois trimestres consecutivos, envio dum Orçamento Deficitário (para 2016) pela primeira vez na história e atritos constantes da Equipe Econômica não poderiam resultar em nada diferente do que uma piora na análise das agências de risco. A Standard & Poors largou na frente neste processo de revisão mas logo Fitch e Moods devem seguir pelo mesmo caminho,
Em que ponto o Rebaixamento da Nota de Crédito de fato não possui significado? Na prática o Brasil já havia perdido o grau de investimento; o esforço do Governo (em especial do atual Ministro da Fazenda) foi pautado pela tentativa de evitar o rebaixamento formal o qual, dado o andar da carruagem verde e amarela, difícilmente será revertido no curto prazo.
Abaixo há dois gráficos do site Trading Economics que evidenciam a deterioração do país na percepção do Investidor Externo.
O primeiro compara o "prêmio" requerido por investidores para comprar títulos de dívida de 10 anos do Brasil e dos EUA. Reparem o descolamento das duas curvas em meados de 2014; grosso modo o investidor passou a cobrar mais para emprestar ao Brasil e isso se deve basicamente pela expectativa inflacionária e maior probabilidade de não receber o recurso emprestado (default).
O segundo mostra a taxa de câmbio Reais por Dólar; em dez/14 a cotação estava no patamar aproximado de R$ 2,55 para cada Dólar e passados 9 meses atingimos R$ 3,88. Esta elevação de mais de 50% mostra que a saída de capital estrangeiro do país já começou muito antes do rebaixamento do rating do país (de uma forma bem ingênua basta pensar que o dólar é uma "mercadoria" e quanto mais escassa no solo tupiniquim maior o preço para adquiri-la).
Dessa forma o ex presidente até possui certa razão já que como vimos os agentes econômicos já anteciparam o rebaixamento do Brasil porém é de se esperar que os poucos investidores estrangeiros que ainda possuíam alguma esperança por dias melhores acabem de fato jogando a toalha após a consolidação formal pelas grandes Agências de Risco. Isso signfica pressões ainda maiores sobre a cotação do real (desvalorização), pressão inflacionária (via itens importados ou com cotação fixada em moeda estrangeira) e também um maior custo de financiamento de dívida não apenas para o Governo como também para todas as Empresas do País.
Ainda estamos longe de poder comtemplar tranquilamente o Sol Nascer, Ver as Águas do Rios Correr e Ouvir os Pássaros Cantar; nos resta de fato Rir para Não Chorar.
Abaixo há dois gráficos do site Trading Economics que evidenciam a deterioração do país na percepção do Investidor Externo.
O primeiro compara o "prêmio" requerido por investidores para comprar títulos de dívida de 10 anos do Brasil e dos EUA. Reparem o descolamento das duas curvas em meados de 2014; grosso modo o investidor passou a cobrar mais para emprestar ao Brasil e isso se deve basicamente pela expectativa inflacionária e maior probabilidade de não receber o recurso emprestado (default).
O segundo mostra a taxa de câmbio Reais por Dólar; em dez/14 a cotação estava no patamar aproximado de R$ 2,55 para cada Dólar e passados 9 meses atingimos R$ 3,88. Esta elevação de mais de 50% mostra que a saída de capital estrangeiro do país já começou muito antes do rebaixamento do rating do país (de uma forma bem ingênua basta pensar que o dólar é uma "mercadoria" e quanto mais escassa no solo tupiniquim maior o preço para adquiri-la).
Dessa forma o ex presidente até possui certa razão já que como vimos os agentes econômicos já anteciparam o rebaixamento do Brasil porém é de se esperar que os poucos investidores estrangeiros que ainda possuíam alguma esperança por dias melhores acabem de fato jogando a toalha após a consolidação formal pelas grandes Agências de Risco. Isso signfica pressões ainda maiores sobre a cotação do real (desvalorização), pressão inflacionária (via itens importados ou com cotação fixada em moeda estrangeira) e também um maior custo de financiamento de dívida não apenas para o Governo como também para todas as Empresas do País.
Ainda estamos longe de poder comtemplar tranquilamente o Sol Nascer, Ver as Águas do Rios Correr e Ouvir os Pássaros Cantar; nos resta de fato Rir para Não Chorar.
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