Uma expressão popular diz que "há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida".
Aqui no Brasil os políticos desafiam parte desta expressão quando, não raramente, falam ou escrevem algo e logo depois voltam atrás, pedindo que os estimados eleitores desconsiderem aquilo que foi dito ou escrito em uma ou várias oportunidades.
Este é o caso do candidato Fernando Haddad e do Partido dos Trabalhadores que na página 17 do seu Plano de Governo defendeu a ideia de uma nova Constituição conforme transcrito abaixo:
"Para tanto,
construiremos as condições de sustentação social para a convocação de uma Assembleia Nacional
Constituinte, livre, democrática, soberana e unicameral, eleita para este fim nos moldes da reforma política
que preconizamos."
Mas fiquem tranquilos eleitores, ontem em entrevista ao Jornal Nacional, Haddad já voltou atrás e disse que o Partido reviu sua posição, desistindo dos planos de uma nova Constituição.
Situação idêntica ocorreu com a candidatura de Jair Bolsonaro, a qual teve que justificar a ideia levantada pelo candidato à vice-presidente General Mourão:
"Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo."
De forma análoga à Haddad, Bolsonaro também se apressou em dizer que tratou-se duma "canelada" do General Mourão, e que em seu governo haverá total respeito à Constituição. Segundo o candidato, Mourão aprenderá rápido as regras da política e não falará mais coisas deste tipo.