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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A corrupção nossa de cada dia

Há diferentes graus ou níveis de corrupção? Ou em outras palavras há corrupçãozinha e corrupçãozona?

Para deixar mais claro vamos exemplificar alguns casos:

I – passar por baixo da catraca no transporte público após completar 6 anos de idade (idade limite da gratuidade para crianças)
II – “baixar” ou assistir filmes em links da internet ao invés de assinar os canais de TV à cabo ou Streaming
III – download de músicas fora dos canais licenciados (sem pagar os direitos autorais)
IV – incluir um membro da família ou despesas de terceiros na Declaração de Imposto de Renda para diminuir o Imposto Pago
V – perceber que recebeu um troco errado (à maior) e não comunicar a pessoa
VI – comprar um ingresso meia entrada mesmo sem ser estudante na esperança de não pedirem a carteira estudantil na porta do evento

Nestes exemplos bem singelos é muito fácil buscar na memória e lembrar-se de alguém que já tenha cometido algum ou alguns dos atos quando não nós mesmos.

Um artifício explorado pelo ser humano para amenizar ou mesmo apagar qualquer sentimento de culpa nessas situações é traçar uma retórica de normalidade; argumentos como “muita gente faz o mesmo”, “esse dinheiro não fará falta” ou “tem gente que faz coisa muito pior e saí impune” estão nessa linha de suavizar algo que strictu sensu é errado e ilegal.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O salário mensal de R$ 21 mil para um professor universitário é muito baixo?

Se você perguntar para um assalariado se o mesmo merece um salário maior dificilmente ouvirá uma resposta do tipo “imagina, o que eu recebo já é mais do que o suficiente”.

Alguns podem dizer que deveriam receber mais porque são mais qualificados do que a função exige ou mesmo porque possuem habilidades superiores à média do mercado. Outra abordagem é apontar que o salário recebido é muito baixo para o custo de vida atual e manutenção de despesas médicas, escolares, habitacionais, etc.

O grande debate do momento é como reduzir as despesas obrigatórias do Governo as quais grosso modo são Folha Salarial e Aposentadoria.

Nesse sentido é no mínimo questionável o apontamento do Reitor da UNICAMP de que o salário mensal de R$21 mil é muito baixo para atrair bons profissionais.

Na mesma linha magistrados reclamam que o teto salarial de R$ 33 mil está defasado  e inclusive usam este argumento para justificar verbas indenizatórias das mais diversas como o caso dos juízes do Acre que recebiam gratificação de 40% por terem curso superior (mesmo sendo um requisito obrigatório para um juiz).

Sem entrar no debate ideológico vamos ver alguns dados para entender em que andar da pirâmide salarial estão os nossos estimados professores universitários. Utilizaremos como base os dados das Declarações deImposto de Renda Pessoa Física da Receita Federal com a ressalva que alguns profissionais liberais e trabalhadores informais não estão neste relatório.