Há diferentes graus ou níveis de
corrupção? Ou em outras palavras há corrupçãozinha
e corrupçãozona?
Para deixar mais claro vamos
exemplificar alguns casos:
I – passar por baixo da catraca
no transporte público após completar 6 anos de idade (idade limite da gratuidade
para crianças)
II – “baixar” ou assistir filmes
em links da internet ao invés de assinar os canais de TV à cabo ou Streaming
III – download de músicas fora
dos canais licenciados (sem pagar os direitos autorais)
IV – incluir um membro da família
ou despesas de terceiros na Declaração de Imposto de Renda para diminuir o
Imposto Pago
V – perceber que recebeu um troco
errado (à maior) e não comunicar a pessoa
VI – comprar um ingresso meia
entrada mesmo sem ser estudante na esperança de não pedirem a carteira estudantil
na porta do evento
Nestes exemplos bem singelos é
muito fácil buscar na memória e lembrar-se de alguém que já tenha cometido algum ou alguns dos atos quando não nós mesmos.
Um artifício explorado pelo ser
humano para amenizar ou mesmo apagar qualquer sentimento de culpa nessas situações
é traçar uma retórica de normalidade; argumentos como “muita gente faz o mesmo”,
“esse dinheiro não fará falta” ou “tem gente que faz coisa muito pior e saí
impune” estão nessa linha de suavizar algo que strictu sensu é errado e ilegal.