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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Reduzir os Juros resolve a Crise?

Muitos colegas acreditam que é uma falácia dizer que a Crise nas Contas Públicas se deve à Má Administração, Ineficiência e Excessos nos Gastos Governamentais uma vez que a Conta de Juros Pagos às Raposas Especuladoras do Mercado Financeiro é extremamente pesada.

No mundo mágico heterodoxo o remédio para a Crise Econômico passa de uma forma ou de outra por uma Redução Brusca na Taxa de Juros; neste conto de fadas o Superávit Primário é apenas um detalhe de pouca relevância e quem prega coisas como Reforma da Previdência ou Contenção do Gasto Público é um Agente das Grandes Corporações Capitalistas Rentistas.

Uma comparação tosca mas que ajuda a entender a importância do Superavit Primário inclusive para a Redução dos Juros Pagos é a Comparação com o Orçamento Familiar.

Imagine que você é o provedor ou provedora da sua familía e o Superávit Primário seja aquilo que sobra do seu Salário descontadas as Despesas Fixas (luz, água, telefone, internet, etc) e que o Imóvel que você mora é financiado.

Para ficar mais fácil imagine que no seu financiamento imobiliário o Juros Pago mensalmente é de cerca de R$ 1000. Dessa forma uma pessoa racional tentaria economizar (ter um Superávit) de pelo menos R$ 1000 para pagar os Juros do Financiamento.

Agora imagine que este nosso personagem resolve aumentar a mesada dos filhos, contrata um plano de TV à Cabo com acesso à todos os Canais de Filme e Pay Per View e resolve que irá jantar fora do domicilio todos os dias.

Seu nível de Gastos aumentou de forma permanente (supondo ser muito difícil quebrar os contratos com Operadoras de TV e diminuir a Mesada dos Filhos) porém sua Receita se manteve constante.

Este cidadão percebe que no final do mês não possui um tostão furado para pagar a Prestação do Financiamento e após uma pequena reunião com colegas de bar descobre o motivo de não ter o dinheiro da parcela mensal, a culpa é dos Juros Altos que alimentam o Gordo Bolso de Banqueiros.

sábado, 15 de outubro de 2016

Por que não trabalhamos durante os Jogos do Brasil na Copa Do Mundo?

Meus caros, antes de iniciar gostaria de deixar claro que como quase todos os brasileiros sou um apaixonado por futebol. Vou ao Estádio e gasto várias horas da minha vida assitindo ao Palestra Itália, lendo e debatendo com colegas sobre este esporte que é de forma praticamente unânime uma preferência nacional.

Lá nos idos de 2006 numa aula de Cálculo I, época da Copa do Mundo e um professor lançou a provocação de que deveríamos decidir se queremos ser um país sério ou não uma vez que nenhum outro país bem sucedido trabalhava em regime de feriado nacional durante os jogos da seleção local.

Aquilo ficou na minha cabeça uma vez que de fato não lembrava de Grandes Empresas de países como Alemanha, Japão e Estados Unidos com uma placa "Fecharemos hoje mais cedo devido ao Jogo da Seleção".

Nessa mesma linha algumas coisas me chamam a atenção sobre as prioridades dos Meios de Comunicação os quais teoricamente tentam captar a Preferência do Telespectador. Por exemplo há canais de TV à Cabo focados em Esporte nos quais há um Programa Pré Jogo seguido pelo Jogo de Futebol que emenda com um Pós Jogo e com sorte finaliza-se com uma Mesa Redonda de debates sobre a Rodada do Brasileirão totalizando por baixo cerca de 5 horas ininterruptas discutindo futebol. 

Do outro lado há canais focados em Notícias destinados a debates de temas de extrema relevância para a sociedade num tempo exíguo e de forma no mínimo incompatível com a complexidade do tópico. Para ser mais específico vou dar o exemplo do Programa entre Aspas da Globo News que propôs-se a Debater a famigerada PEC 241 com 2 especialistas em longos 30 minutos com um intervalo. 

Faz sentido essa assimetria entre o grande valor que damos ao Debate de Futebol versus a modesta valorização do debate duma Proposta de Emenda à Constituição?

sábado, 8 de outubro de 2016

Privatizar ou Não Privatizar? Eis a Questão...

A eleição de João Dória Jr no primeiro turno para Prefeito da Cidade de São Paulo foi emblemática por desbancar os chamados políticos tradicionais como Marta Suplicy, Erundina, Celso Russomano e o atual Prefeito Fernando Haddad.

Dória é empresário e filho de um político e construiu sua campanha enfatizando a imagem do Gestor em contraste com a da tradicional velha classe Política.

Uma das pautas do seu Plano de Governo são projetos de Desestatização; falar neste assunto logo após 4 anos de governo do PT é um prato cheio para os críticos ao Capitalismo e bastiões da defesa de Políticas Sociais.

Porém para estas pessoas que acreditam que o chamado Livre Mercado e um Estado Menor são incompatíveis com o Desenvolvimento Social é interessante analisar com maior atenção a pauta dos projetos que serão privatizados.

Há uma grande alvoroço quando por exemplo há rumores de Privatização da Petrobrás, uma empresa referência tecnológica explorando um recurso natural estratégico porém será que faz sentido para a Cidade de São Paulo manter um Autodrómo e um Sambódromo frente à tantas outras prioridades?