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domingo, 19 de junho de 2016

Realidade Paralela

Tenho grande apreço pelo trabalho das Univesidades Públicas e tive a oportunidade de ter cursado um Ensino Superior de Qualidade graças ao bom trabalho de Funcionários Públicos e em especial da Sociedade que destina cerca de 5% do ICMS para custear os gastos da Universidade de São Paulo - USP.
 
Para ter uma noção do "esforço" da sociedade a cifra prevista para 2016 é de algo em torno de R$ 5.0 bi. Desse valor destaca-se que cerca de 97.6% são destinados a Folha Salarial dos Funcionários da USP enquanto 1.36% são destinados a Investimentos.
 
Para o ano de 2016 a USP planeja comprometer 103% das suas receitas com a Folha Salarial e o leitor atento concluiu que essa conta só fecha se houve Déficit nas Contas da Universidade, o qual foi estimado em cerca BRL 546 mi para este ano.
 
Diante deste cenário, obviamente insustentável, há dois caminhos: I. revisar a estrutura de gastos da Universidade e analisar se há "gordura" para cortar ou II. pedir ao Governo que aumente o repasse de ICMS para permitir entre outras coisas um Aumento Salarial mais adequado para os Funcionários da Universidade.

sábado, 11 de junho de 2016

A Foto e o Filme

Um abordagem muito utilizada quando se analisa uma empresa ou um país é a diferença entre a situação naquele momento (uma foto ou posição estática) e a perspectiva (o filme ou projeção dinâmica).
 
Em geral uma foto bonita somada a bons argumentos leva um Analista Econômico à projetar um belo filme e de forma análoga uma foto feia e/ou perspectivas ruins impactam negativamente as Projeções e Cenários Econômicos.
 
No caso brasileiro um bom exemplo do descolamento do que se projetava e o que se concretizou foram as capas da Economist:


Se esperava muito do país porém uma sério de erros de Política Econômica somados à gravíssimos escandâlos de corrupção nos levaram ao atual cenário.
 
Atualmente o grande debate é como colocar a Economia de volta aos trilhos e estabilizar as Finanças Públicas. Um excelente post do professor Bernardo Guimarães destaca o Tamanho da Encrenca da atual Equipe Econômica.
 
Apesar do excelente time liderado por Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn montado pelo Presidente interino Michel Temer hoje o país se encaminha para uma Dívida Bruta de cerca de 70% do PIB, um Déficit Primário projetado de quase 3% do PIB e perspectivas modestas de Crescimento do PIB
 
Em seu post Bernardo destrincha o esforço necessário para estabilizar a Relação Dívida/PIB; aproveitei a deixa para colocar em termos gráficos a situação nos próximos 6 anos com alguns ajustes nas premissas adotadas (os valores estão em % do PIB):