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sábado, 23 de abril de 2016

O Canto da Cigarra

Antes de iniciar quero destacar o atual estado de incompetência administrativa do país; nessa semana me chamou bastante atenção o fato da Ciclovia Tim Maia (RJ) inaugurada em Janeiro deste ano na qual foram gastos quase R$ 45 milhões ter desabado causando a morte de 2 pessoas (e 1 pessoa ainda está desaparecida).
 
Há de se apurar os fatos e não se pode descartar que a Força do Mar possa ter sido a principal responsável porém estudos preliminares do CREA-RJ já indicam que houve falha no projeto. Posso estar sendo injusto mas não lembro de outros países sede de Jogos Olímpicos nos quais Obras recém Inauguradas desabam e matam pessoas. O Projeto Olímpico como um todo parece cada vez mais paradoxal quando se compara uma Mal Projetada Ciclovia de R$ 45 milhões e a situação quase falimentar do Estado do RJ o qual sem dinheiro em caixa propõe parcelar os salários dos servidores públicos.
 
O leitor pode apontar que os Gastos Olímpicos são da Cidade de Rio de Janeiro enquanto a proposta de Pedalar Salários de Funcionários é do Estado de Rio de Janeiro porém na minha humilde visão isso não deixa o Projeto Olímpico e a Priorização de Gastos menos paradoxal.
 
Após essa breve reflexão vamos retornar ao tópico deste blog, os truques de Economágica dessas Terras Tupiniquins; hoje gostaria de voltar à Grécia Antiga por volta do século VII A.C. e ao Escritor Esopo à quem se atribui a famosa fábula "A Cigarra e a Formiga" da qual transcrevo alguns trechos:
 
"De repente aparece uma cigarra:
- Por favor amiguinhas (formigas) me dêem um pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra seus princípios, e perguntaram:
- Mas por que? O que você fez durante o verão? Não se lembrou de guardar comida para o inverno?
- Para falar a verdade, não tive tempo, passei o verão cantando!
- Bom, se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando?
E as formigas voltaram ao trabalho..."

domingo, 10 de abril de 2016

Ladeira Abaixo

Recentemente um palestrante ilustrou de forma simples porém extremamente eficaz e didática o efeito da Crise sobre o Comportamento dos Consumidores e na Demanda Agregada como um todo.
 
Nessa oportunidade o debate era sobre o Mercado de Bebidas e a ilustração dada foi de um Consumidor que ao entrar no Supermercado ao invés de comprar 4 garrafas de sua bebida favorita opta por levar apenas 3 unidades.
 
Falando rapidamente dessa situação pode parecer que a redução foi pequena, afinal reduziu-se apenas 1 unidade porém em termos percentuais esta pessoa diminuiu em 25% seu consumo daquele bem. Agora imagine extrapolar esta situação para diversas pessoas em diversas localidades, não é necessário um modelos estatístico para imaginar como a contração na demanda impacta as empresas.
 
Os Agentes tendem a ajustar seu consumo de outros bens e serviços face uma alteração na Restrição Orçamentária; esse fenômeno não se limita a decisões de Investimento e Aquisição de Bens Duráveis mas impacta (mais cedo ou mais tarde) Bens de Consumo Não Duráveis e Serviços em Geral.
 
Deixando de lado o economês, o Joãozinho que perdeu o emprego (ou teme perdê-lo) não só desiste de trocar o carro como também não irá tantas vezes ao shopping com a família fazer compras e pegar uma sessão de cinema tal como o Empresário que nos tempos de bonança cogitara expandir sua Capacidade Produtiva agora se vê na situação de não apenas enterrar este projeto como também decide cancelar o Subsídio para Academia/Ginástica dos funcionários tal como o Café Expresso gratuito.

sábado, 2 de abril de 2016

Orzare

A palavra Orçar deriva do Italiano Orzare, um termo usado em Náutica no sentido de Andar à Orça.
 
Uma definição mais clara dessa expressão é o Ato de Aproximar a Proa (parte da frente) da Embarcação na Direção do Vento.
 
Nunca tive a oportunidade de velejar e fiz essa rápida pesquisa para dissecar a origem da palavra Orçamento; mesmo assim talvez seja mais fácil entender os movimentos de Orçar e Arribar de um Veleiro do que a condução do Orçamento Público.
 
Na semana passada o Governo propôs a redução da Meta de Superávit de R$ 24 bi para cerca de R$ 3 bi. Porém, como minha avó já dizia, é sempre bom ler as "letras miúdas" das bulas e propagandas; o mesmo se aplica para qualquer medida proposta por nossos Políticos.
 
O governo propõe também uma espécie de perdão caso haja frustrações nas receitas previstas; na prática pede autorização para um Déficit de quase R$ 100 bi no pior dos cenários.
 
Agora o que é uma brincanagem (mistura de brincadeira com sacanagem) são alguns itens que o Governo considera como Receita Prevista, dentre os quais destaco: