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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Hoje eu sei

"Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância." 

Tal frase teria sido proferida por John F. Kennedy mas tenho certeza que você já deve ter ouvido algo semelhante que expressa a espécie de paradoxo existente entre a busca de conhecimento e a constatação de que sabemos pouco ou quase nada.

Entre Ensino Básico, Fundamental, Médio, Superior, Especialização, Mestrado e Doutorado (em curso), hoje eu vejo que passei praticamente a minha vida toda em salas de aula, rotina de estudos que provavelmente manterei até o final da minha vida, seja em instituições de ensino ou fora delas.

Apesar de teoricamente ter acumulado tanto conhecimento ao longo destes anos hoje para mim é muito clara a dificuldade para achar respostas para problemas sejam eles compelxos ou mesmo aqueles aparentemente simples. 

Por exemplo, resolver equações matemáticas e problemas estatísticos demandam muita técnica e capacidade intelecutal porém, tal dificuldade é maior ou menor de que diagnosticar o motivo de choro de um bebê no meio da madrugada ou fazer uma receita tão boa quanto à da sua avó num almoço de domingo?

Estudar por tanto tempo te deixa um tanto quanto "bitolado" neste mundo acadêmico, o efeito perverso é que, além de mergulhar num oceano de conhecimento no qual na prática você irá desbravar uma parcela minúscula, você também corre o risco de deixar de lado muita coisa valiosa que ocorre na vida real.

sábado, 18 de maio de 2019

E se Amoêdo fosse o Presidente da República?

Amigas e amigos, sim, acreditem o blog ainda está ativo mesmo após tanto tempo de silêncio.

Tendo lido muitas coisa boa no campo de publicações econômicas, destaque para textos com uma forte pegada empiríca, isto é, testando hipóteses com experimentos aplicados na vida real.

Colocando em termos mais simples, seria muito fácil escrever e dizer que algo funciona mas será que há evidências que corroboram isso ou seria apenas um apanhado de palavras e equações numa folha de papel?

Um ponto que é particularmente vital quando se trata de medir o impacto de uma medida é avaliar num grupo razoavelmente homogêneo a aplicação aleatória de um tratamento.

Dessa forma teríamos um grupo de tratamento e um outro grupo que chamamos de controle. Este procedimento é muito comum na indústria farmacêutica, um grupo de pessoas com um determinado quadro clínico é submetido à uma medicação e certas pessoas recebem o remédio em questão e outras apenas um comprimido de açúcar (placebo).

Pois bem, colocado este pano de fundo, o sábio leitor deve concordar comigo que na indústria farmacêutica deve haver uma série de complexidades porém não parece absurdo imaginar tal procedimento. 

Agora, falando de Economia, como fazer experimentos na vida real quando se trata de um país ou mesmo de um grupo de empresas?

Aí o negócio complica, por exemplo, se quisermos testar a hipótese de que a taxa de juros causa crescimento econômico, tal tratamento neste caso seria aplicado ao país Brasil mas quem seria o controle? Um Brasil genérico no qual não reduziriamos a taxa de juros?