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terça-feira, 6 de novembro de 2018

O Discurso

Foi uma eleição cheia de polêmicas, quebra de paradigmas, memes e brigas de família, mas enfim acabou!

Após a divulgação do resultado das urnas me chamou a atenção o tom dos discursos proferidos pelo candidato eleito e por seu oponente no 2o turno da eleição presidencial .

A eleição foi uma barbárie, não houve um debate sério de ideias e o que se viu foi uma grande troca de farpas numa disputa polarizada guiada pelo tal do voto útil, que grosso modo é escolher não com base em suas convicções e alinhamento com um plano de governo mas sim com a intenção de afastar um mal maior, seja ele o conservadorismo liberal de direita ou a perpetuação de uma esquerda que partiria para o 5o mandato presidencial consecutivo.

Nesse sentido, até entendo o fato de Fernando Haddad não citar Jair Messias Bolsonaro no seu discurso ou sequer ligar para o presidente eleito para lhe dar os parabéns. Antes que algum Bolsomion me chame de petista ou comunista, basta imaginar o oposto, será que Bolsonaro iria ligar para Haddad e citá-lo no seu discurso de vitória? Ao meu ver seria impossível, porém respeito quem acredita num suposto caráter superior do futuro presidente.

É muito fácil exigir do derrotado um discurso propositivo, que una o país e que tente diminuir tensões sociais quando você não é o derrotado. 

Casos raros na nossa história mostram homens e mulheres que, mais do que se colocarem como representantes de uma determinada ideologia, mostraram a capacidade de enxergar seu papel de influência numa democracia.