Há algumas palavras e expressões que só usamos na vida quando queremos causar impacto como, por exemplo, numa redação de vestibular/concurso, num debate acadêmico, numa entrevista ao jornal ou mesmo numa roda de amigos.
Chega a ser curioso imaginar que apesar de um vasto vocabulário (vide a grossura dos dicionários que temos) acabamos usando muito algumas palavras e outras muito pouco. Ouso dizer que muitos morrerão sem sequer usar as palavras catarse e letargia, títulos deste post.
Segundo o Wikipedia catarse pode ser usada em diferentes contextos:
I. psicanálise – experimentar da liberdade em relação a alguma situação opressora
II. arte – reação diante de descarga emocional profunda
III. religião – forte reação emocional presente em ritos e pregações
De um modo ilustrativo a catarse é quando algo muda de forma tão substancial que lhe deixa chocado, pasmo, espantado frente a reviravolta ocorrida na sua vida ou na de outra pessoa.
Já letargia tem dois principais significados:
I. estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir
II. incapacidade de reagir e de expressar emoções, apatia, inércia ou desinteresse
A letargia apesar do nome pomposo é algo bem mais comum para nós do que imaginamos quando ouvimos a palavra. Talvez, um dia alguém crie uma gíria ou expressão popular como “essa aula é total letargia” ou “esse rolê é letargia pura”.
Mas por que resolvi tirar um dia para escrever sobre palavras sofisticadas?
Às vezes me ocorrem alguns lampejos quando estou diante de situações, digamos, peculiares. Estas palavras me vieram à mente ao constatar o papel de alguns políticos do House of Cards Tupiniquim, em especial Michel Temer e Aécio Neves.