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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Concordar em Discordar, O Complexo de Pitbull e o Efeito Dunning-Kruger

“If you put two economists in a room, you get two opinions, unless one of them is Lord Keynes, in which case you get three opinions.”

Esta frase do célebre Primeiro Ministro e Prêmio Nobel de Literatura Winston Churchill (já utilizada em outras ocasiões neste espaço) revela uma característica um tanto quanto peculiar à classe dos economistas, algo que pode ser traduzido como concordar em discordar.

A Economia como ciência é um tanto quanto diferente de outras ciências pelo peso da interpretação. Um procedimento científico à rigor requer que uma hipótese seja testada por meio de um ou mais tipos de experimento e se atendidos certos parâmetros estatísticos de robustez é possível validar ou invalidar nosso questionamento inicial.

Porém a Economia por aqui parece cada vez mais uma conversa sobre futebol num buteco em que cada um começa a discussão cheio de vieses e paixões; tomemos como exemplo um torcedor palmeirense o qual tem maior probabilidade de afirmar que seu time possui 9 Títulos Nacionais (Taças Brasil 60 e 67, Robertão 67 e 69 e Brasileirão 72, 73, 93, 94 e 16) do que um torcedor do Corinthians que possui apenas os Títulos do Brasileirão (90, 98, 99, 05, 11 e 15).

A discussão é puramente conceitual, pois se considerarmos apenas os torneios organizados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o Corinthians leva a vantagem no placar de 6 x 5 enquanto se considerarmos todos os Campeonatos Nacionais (organizados pela CBF ou não) o Palmeiras vence a disputa por 9 x 6.

Quem define quem está certo e quem está errado nesse caso? Em dezembro de 2010 a CBF após analisar o "Dossiê pela Unificação dos Títulos Brasileiros a Partir de 1959", assinado por José Carlos Peres, fundador da ONG Santos Vivo, e pelo jornalista Odir Cunha decidiu também reconhecer como Campeões Brasileiros os vencedores dos torneios Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa, o “Robertão”.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Mais uns trocados na conta

Quando começamos a trabalhar e recebemos o primeiro "contra-cheque" tomamos um susto ao ver o montante expressivo de descontos (FGTS, INSS, Contribuição Sindical, etc).

De todos estas contribuições compulsórias a que mais me incomodava era o FGTS pois era um investimento financeiramente horroroso. Você era obrigado a contribuir com um Fundo que não obtinha lucro e ainda por cima lhe remunerava à uma taxa de 3.0% + TR que sequer cobria a inflação (historicamente).

Além disso o saque só era possível em condições extremamente restritas como doenças graves, demissão sem justa causa ou compra de imóvel.

Este cenário mudou radicalmente neste ano primeiramente pela liberação do saque das contas inativas que disponibilizou R$ 44 bilhões aos trabalhadores brasileiros e agora quando menos se esperava outra boa notícia vindo do mesmo tema; dado que o FGTS obteve lucro em 2016 todos os trabalhadores que possuíam saldo no Fundo em 31 de dezembro de 2016 receberão um depósito de uma parcela dos R$ 7 bilhões dos lucros que serão distribuídos.

Para calcular quanto pingará na sua conta do FGTS basta pegar o saldo de dezembro do ano passado e multiplicar por 1.93%.